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Mostrando postagens com o rótulo História da Moda

50 Vestidos que mudaram o mundo

Olá, amigas brecholentas/brechozeiras! Tudo bem? Como fomos de final de semana? Está rolando em BH a "Campanha de Popularização do Teatro e da Dança", com várias peças a preços populares (R$10 ou R$12). Eu assisti a uma chamada "As Barbeiras". Muito legal! Quem puder, vale a pena conferir!!!! Fuçando por aí, descobri o lançamento editorial super bacana: O livro foi elaborado pelo Desing Museum de Londres. É o primeiro de uma série de quatro volumes que listam os "TOP 50" de determinado assunto que influenciaram a sociedade e lançaram tendências. O livro lista os vestidos que marcaram epóca, com breves explicações sobre cada um, o contexto da epóca de lançamento e sobre o estilista que idealizou a peça. A capa do livro já traz um ícone da moda: O Givenchy preto usado por Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo . Outros vestidos listados: 1915- Vestido Delphos Plissado (Mariano Fortuny) 1947-New Look (Christian Dior) 1955- Vestido de Marilyn Monroe no filme O P

Baú de quê? Ah, Baudrillard! (Lê-se Boudriá)

Uma das coisas que tem me incomodado na blogosfera de moda, e isso já faz algum tempo, é a quantidade de textos e imagens repetitivas e auto-referentes. Os textos são sempre muito ruins. Péssimo uso, não só da lingua mas também da coerência, da lógica, do público expectador. F azem públicos uma série de cenas e comentários privados irrelevantes, que não são do interesse comum e portanto, não tem utilidade nenhuma. Ou tem: perpetuar um reinado de súditos consumistas.  Como contribuir para que este universo- de moda e de blogs- ao qual estamos diretamente relacionadas respire um pouco de ar puro e insira novos dados em seu conteúdo? Pensei que nos beneficiaríamos com uma pincelada de Filosofia sobre o assunto. Calma,  continue lendo.   Há um filósofo francês que é nosso contemporâneo e que se chama Jean Baudrillard. Pouca gente sabe, mas suas idéias inspiraram o filme "Matrix" .  Esse velhinho fofinho  e simpático era um soco no estômago de muita gente. Ele morreu em 20

Moda pra gente como a gente: Anos 80 aerobics

Eu acho que todo mundo aqui já sabe que sou mãe de uma bebê (linda) de 1 ano e meio, trabalho e estudo, ou seja: sou uma pessoa de verdade, normal, mais uma pobre mortal que precisava de um dia de 48h. Não tenho como me emperiquitar todos os dias, usar salto agulha, tirar fotos lindas e ainda conseguir deixar minha filha arrumada e alimentada na escolinha antes das 8- só pra citar um exemplo. E eu acredito piamente que a maioria tem uma vida mais ou menos igual a minha.  O meu desafio, na minha rotina, é interpretar as tendências da moda pro meu dia-a-dia corrido e prático.  Tento colocar a teoria na minha prática. Nem sempre acerto, mas é este exercício que venho dividir com vcs. Hoje falo de duas coisas fantásticas pro dia-a-dia que vieram direto das aulas de aeróbica dos anos 80. 1. Eu adoro a moda das leggings - que é mais um revival dos anos 80, quando a gente usava muito com camisetão, na ginástica- e se vc ainda torce o nariz pra elas, saiba que tem a vantagem de serem superc

Moda pra gente como a gente: Neon

Se eu estiver em um dia bom, talvez eu fique apenas irritada ao entrar num desses sites que reúnem fotos de produções fashion  de "gente normal" como lookbook.nu  ou chictopia.   Mas o mais provável é que eu fique mesmo indignada com as produções de moda e as fotos lá postadas. Em geral eu entro nestes catálogos de moda informais com uma dúvida bem clara e em busca de idéias e soluções para dilemas existenciais de suma importância que nos perseguem (especialmente quando temos um prazo de monografia ou um tanque de roupa para lavar) tais como: "Como usar cintura alta sem que os seios pareçam maiores?" ou " Como escolher a cor do cinto de modo a parecer mais magra?" ou ainda: " Como misturar estampas de maneira discreta?". E saio com duas certezas: 1. Ninguém que é estiloso trabalha e/ou 2. Ninguém que é estiloso tem filhos. Porque, gente, vamos falar a verdade aqui. Não dá pra correr atrás das crianças e se sentir muito adequada para uma

Gentileza gera gentileza. E o que isso quer dizer mesmo?

Gentileza gera gentileza, a gente lê muito isso pelos brechós. Eu não sei se todo mundo sabe que este dizer é do mestre maluco beleza  carioca, o Profeta Gentileza . Se não conhece a história, vale perder um minuto do seu tempo para incrementar a sua cultura Histórica. Mas não vou falar dele e sim dessa frase muito difundida e pouco refletida que é "Gentileza gera gentileza". Para mim, ela pode ser generalizada para muitas outras, se não todas, condições da vida. Amor gera amor, dinheiro gera dinheiro, positividade gera positividade, confiança gera confiança. Uma das coisas que o meu pai me ensinou, e que é muito preciosa para mim, foi a não ficar repetindo " Não tenho dinheiro, ó céus, ó vida, não tenho dinheiro".  Ele dizia que isso era ótima desculpa para não sair do lugar e quem pensa que não tem, nunca será digno de ter. E também que a gente tem dinheiro sim, já que felizmente, a maioria de nós aqui não somos os miseráveis vitimizados da sociedade, felizmen

Prevejo flores no seu futuro

Acho que maior redundância do que dizer que   " estampas florais serão tendência na próxima primavera" não existe. Cá pra nós, isso deve ser assim desde a idade da pedra lascada, quando as moças deviam pintar flores com tintas rústicas em seus tecidos  de veste para celebrar a fartura, o sol, a beleza, a fertilidade da primavera e do verão. Mas aí é que tá: a gente não se cansa.  E como  bem dizia o slogan da Melissa há um tempo atrás "Sempre igual mas sempre diferente". Eu ando lendo para cima e para baixo que florais serão tendência na primavera/verão 2010/11 . Uau, quanta genialidade, quantas mentes criativas abundam sobre o tema moda por aí, não é? E o pior é que nem se pode rir muito ou discordar delas porque, realmente, os florais vem com tudo mais uma vez. Mas a gente pode e deve ir um pouquinho além deste lugar comum e ser mais específico: que tipo de floral será a bola da vez? Flores tropicais? Rosas inglesas? Orquídeas, Hibiscos? Como? Onde? Por que?

Como usar a "Roupa do dia" (manual de boas maneiras).

Eu quero falar  hoje sobre os numerosíssimos blogs de Look do Dia ou Roupa do dia que se multiplicam por aí. Se você não sabe do que se trata, são aqueles blogs de Moda  cujas autoras se ocupam de fotografar e postar suas produções de moda diariamente. Um dos maiores e talvez o grande exemplo deste tipo de publicação é o blog Hoje Vou Assim. Eu, ao bem da verdade, torci o nariz quando esta febre começou e confesso que até hoje, o excesso dela, me incomoda um pouco. Mas não posso negar que é muito bacana popularizar a moda de todo dia e de nós simples mortais, colocando-a cada vez em maior evidência: as blogueiras de moda são cada vez mais referência de moda. São muitos os benefícios deste tipo de publicação e hoje acho uma delícia acompanhar alguns blogs desse tipo. Pensando bem, se bem fundamentado, um look do dia é uma verdadeira aula de moda. Com eles aprendemos mais sobre nosso corpo, angariamos idéias criativas de montações para reciclar nosso próprio guardarroupa, aprendemos

Resgatando do (fundo) do armário: Spencer

Segundo reza a lenda, o casaqueto tipo Spencer foi "inventado" na Inglaterra nos idos de 1790 por um Lord chamado - adivinhem?- George Spencer. Dizem que ele se irritava quando, passeando pelos campos, seu fraque se enroscava nos arbustos e então, num ímpeto de raiva, rasgou a cauda do seu casaco transformando-o em um casaco curto, terminando acima da linha da cintura. Estava lançado um acessório de moda importantíssimo que seria em várias épocas objeto de desejo e símbolo de elegância, independência e arrojamento no guardarroupa feminino. Nos anos 20, o spencer foi resgatado, a partir desta vez ,só pelas mulheres, e nos anos 80 era figurinha fácil acompanhando calças baggy e clochard. Mais uma vez o spencer faz sua aparição, na onda do revival dos anos 80, desta vez ornando vestidos e produções mais delicadas com seu ar mais sisudo e masculino. Na minha adolescência eu adorava este tipo de casaco e usei muito, mas depois, logo atrás das pochetes, o spencer tornou-se o obje

Se você nunca usou, ainda vai usar: Grafismo Tribal

Uma das coisas mais interessantes da Moda, na minha opinião, é que ela sempre incorpora, interpreta e/ou se apropria dos elementos da cultura  ao mesmo tempo em que permite uma releitura individual - minha, sua, da tiazinha que usa turbante, da sua prima, da Vogue - dessas mesmas influências. Uma tendência que está super em alta no verão  que acontece agora acima do Equador é o Grafismo tribal. De Laboutin a H&M, poucas coleções escaparam. O que será que a moda está nos dizendo ao recuperar estas referências? Historicamente, as referências à culturas arcaicas e tribos indígenas na moda tem remetido a uma necessidade de voltar às origens de identificação mais primárias de uma cultura. Em tempos de economia globalizada, quando todo mundo pode ter tudo vindo de qualquer lugar e indo para qualquer lugar, as diferenças e características individuais de um povo ficam meio apagadas pela nuvem de possibilidades. Todo mundo é igual, então? Não. Vamos lá, resgatar o que de nós é o mais pró

Moda e História: De onde vem o militarismo do inverno 2010?

Olá pessoal, eu sou a Maura do blog e brechó  O essencial é invisível aos olhos ( mas podemos nos divertir com todo o resto)  e sou também a nova colaboradora do Garimpo Democrático. Por aqui vou falar de História da Moda, comportamento e tendências de moda. E de vez em quando vou resenhar um produto de beleza porque ninguém é de ferro. ;) Hoje vou falar um pouco sobre uma tendência que está bombando neste inverno: o militarismo. O affair entre as fardas militares e a moda que a gente usa não vem de hoje. Os dois tem uma longa história de flertes e vez ou outra travam relacionamento sério, como agora em 2010. Tudo começou, claro, lá na primeira guerra mundial e se consolidou nos anos 40, não por acaso com a ocorrência e a colaboração da segunda guerra mundial.  A primeira mulher a difundir publicamente o uso de vestimentas até então consideradas masculinas foi  a atriz Marlene Dietrich, nos anos 20. Este período entre-guerras trouxe à  moda um senso de praticidade e de utilitarismo